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  Clube
 


A Fundação

   
Como acontece na fundação de quase todos os clubes, um grupo de jovens da época (1943) encontravam-se nos finais de semana para jogar uma bola nos campinhos próximos e maltratados do bairro Teresópolis.

   No dia 1° de janeiro de 1943, festejando o Ano Novo, resolveram fundar um time de futebol para confrontarem-se com outras equipes e, conseqüentemente, jogarem partidas em campos com melhores condições.

   O melhor campo da época era o do Teresópolis F.C., localizava-se no meio da Vila São Caetano, atualmente, bairro Teresópolis. O Teresópolis F.C. era dirigido pelo sapateiro chamado “Vizinho” que possuía uma sapataria no fim da linha do bonde do bairro.Também, existiam mais dois campos de destaque: O do Erechim que ficava atrás da sede atual do Nonoai F.C. e o do Gloriense, no meio da Vila dos Comerciários que, com o tempo, deu lugar ao posto do INSS.

   Os demais campos eram bem retirados de Teresópolis.

O Nome e o Primeiro Presidente

   
Se a idéia era fundar um time, este time tinha que ter um nome. Surgiram muitos, mas resolveu-se colocar o nome de “Patriota”.

   Por que “Patriota?”

   Patriota era o nome da rua onde estes jovens se reuniam. Esta rua existe nos dias de hoje, porém com o nome de Taveira Júnior, no bairro Teresópolis.

   Os irmãos da família Pedersen foram os principais fundadores do clube e o Sr. Edmundo Pedersen foi o primeiro Presidente.

   Assim, nasceu o Grêmio Esportivo Patriota.

Os Primeiros Encontros e os Salões de Festas

   Os primeiros encontros eram realizados na casa do Sr. Edmundo que, mais tarde, se transformou no primeiro salão de festas do clube.

   O segundo salão do “Patriota” foi no antigo Castelo “Tiro 4”, localizava-se nos fundos da fábrica de bombas “Lepa”. “Tiro 4” era na realidade uma área de treinamento de tiro ao alvo. Esse castelo existe até os dias de hoje onde mora a família “Leinner” que, na época, eram os donos da fábrica de bombas.

   Também, tem uma passagem histórica pelo clube, o Sr. João Ricardo, pai da Dona Ruth Brum (mãe do Sílvio, entre outros filhos que não vamos citar para não deixar nenhum de fora, pois a turma é grande) que, era proprietário de um bar que ficava no terreno da sua casa na Rua Costa Lima n° 240, bairro Teresópolis. Eles resolveram fazer um salão anexo ao bar para jogos de ping pong que tornou-se freqüência assídua do pessoal do Patriota.

   Com isso, o salão passou a ser palco das reuniões dançantes do grupo e o Sr. Mozart que, na época, era esposo da Dona Ruth ficou de cabelos brancos, pois ele era o encarregado de cuidar do pessoal do ping pong. Era uma turma muito boa em todos os sentidos, só que o Sr. Mozart era muito disciplinador e o pessoal fazia de tudo para irritá-lo. Com isso, solicitou à dona Ruth que o ajudasse a controlar a gurizada.

   Com as reuniões dançantes, o grupo ficou mais calmo. Prosseguia o ano de 1954.

   Com o passar dos tempos os locais das reuniões foram alterando. Vamos citar alguns desses lugares: Bar do Domingos, Bar do Sapo, Bar das Gurias (que compraram o bar do Domingos).

 

 

   Uma época marcante foi quando conseguimos fazer nossas reuniões no Bar do Carlossão na Av. Nonoai, n° 506, hoje Móveis Rústicos e Artesanais Armazém Marinei (o proprietário ainda é o Sr. Luiz Carlos Oliveira Massochini, o Carlossão). O Sr. Luiz Carlos liberou uma área nos fundos do bar com churrasqueira e todas as sextas-feiras o pessoal saía do trabalho direto para lá. Até uma banda de pagode fizemos com os instrumentos emprestados pelo Ilmar.

   Citaremos alguns dos atletas e artistas da época (1991 – 1996): Canjica, Moa, César, Bumbel, Márcio, Sílvio, Lula, Paulo Passat, Paulo Leão, Oncinha, Negrão Jorge, Petró, Juquinha, Ilmar, Nilo, Édson, Nando Malhão, Paulo Zanette, Álvaro, etc.

   Logo, o Carlossão começou a trabalhar com móveis e ficamos sem aquele espaço. Mas, como é uma pessoa bondosa, cedeu-nos a garagem da sua residência que também tinha churrasqueira para continuarmos realizando as nossas reuniões. Todavia, não durou muito porque lá também era a residência da sua família e por respeitá-los a música da banda teve que acabar.

   Posteriormente, fomos para o Bar do Paulinho na Rua Erechim, n° 679. Lá, o Edson Bezerra era o encarregado de assar o churrasco para o pessoal do grupo e como tinha que ser o primeiro a chegar vinha direto do Tribunal de Justiça de gravata e tudo.

   Após o Bar do Paulinho, isso já no ano de 2000, passamos a ser andarilhos. Fizemos nossas reuniões em diversos locais, citaremos os principais locais: No T.T.C. (Teresópolis Tênis Clube) e na casa do pai do Zirbo com bastante assiduidade, já que podemos utilizar a sua churrasqueira e entendemos que estamos em casa.

 

Uma Imagem de um Dia de Jogo da Época

   Os campos na época eram quase todos sem grama. A condução para levar os jogadores e a torcida era em caminhão aberto e todos iam na carroceria. O Sr. Elias, proprietário do caminhão, cobrava uma taxa pelo serviço, mas para receber era dureza.

   Para amenizar o valor, colocaram-o na Diretoria mas, assim mesmo, dificilmente recebia.

   Os jogos, geralmente, eram em Belém Novo e Aberta dos Morros, como era chamada antigamente a área que hoje abrange os bairros de Belém Velho, Ponta Grossa, parte da Vila Nova e Chapéu do Sol.

   O Elias, apesar das reclamações, nunca deixou de levar os atletas e a torcida em seu caminhão para os locais dos jogos.

   Era uma festa, mas só fora do campo, já que dentro havia muita ignorância. Dificilmente terminava uma partida sem uma briga. Porém, no final tudo acabava em paz e muita cerveja.

 

Edvino Dewes e a sua Presidência

 

   
Com o decorrer dos anos, a Presidência passou para o Sr. Edvino Dewes que assumiu o clube.

   Um pouco da história do Sr. Edvino: Ele era sapateiro e consertava as chuteiras dos jogadores pois as travas, naquela época, eram de couro e todas as semanas após a partida tinham que ser substituídas. Com essa atitude, conseguiu atingir o posto maior do Patriota.

   As reuniões da Diretoria eram relizadas na casa do Sr. Edvino na Rua Taveira Júnior, n° 125. Assim, ele conquistou a maioria dos atletas que faziam parte da Diretoria e transformou-se em Presidente.

 

Sai Edvino Entra Adelmo

   Com a aposentadoria do Sr. Edvino em 1979 o Clube foi assumido pelo seu filho, o Sr.

Adelmo Dewes, que até os dias de hoje comanda o glorioso “Patriota”.

 

  

   Alguns dos Principais Presidentes

Edmundo Pedersen, José Duarte, Argeu Mazoni, Dorival Rogoski, Edvino Dewes, Dr. Nilo Salatino, Rodolfo Racik, Darci Bertolleti, Lucindo Bertolleti, Antônio Saldanha, Nestor Félix de Vasconselhos, Josmar Rodrigues de Lima... entre outros que por pouco tempo ficaram na Presidência. Houve Presidente eleito pelo Conselho Deliberativo que não assumiu o cargo porque queria trocar toda a Diretoria e fazer tudo novo.

Festas, Luta Livre e Casórios

   Já tivemos sede própria na Av. Costa Lima, n°108 com salão de baile, quadra de futebol de salão e até luta livre realizadas nas últimas sextas-feiras de cada mês.

   Muitos dos sócios do clube conseguiram as suas esposas nas festas do “Patriota”. Socialmente, éramos muito forte, a casa sempre estava lotada.

   Vamos salientar alguns cantores da época que eram sucesso nacional e fizeram show no Patriota:

- Vanderlei Cardoso (Fez show exclusivo só para o nosso clube e voltou para o Rio)

- Jerri Adriane

- Eliana Pittmann... entre outros sem  maior expressão na atualidade.

   Também, fomos os pioneiros em “Festival de Bandas”, começávamos às 22:00 hrs de sábado e terminávamos às 12:00 hrs de domingo.

   Foi um sucesso  já que outros clubes sociais copiaram o nosso lançamento.


Uma Decepção

   Perdemos nossa sede social devido a uma causa trabalhista. Relataremos abaixo o que aconteceu com nosso querido Patriota. Foi um desgosto geral.

   No ano de 1976 o Sr. José Caldas entrou com uma ação trabalhista em desfavor do Grêmio Esportivo Patriota. Na época, estava na Presidência do clube o Sr. Josmar Rodrigues de Lima e como secretário o Sr. Rosa Neto. Na audiência de instrução e julgamento deveríamos levar o Livro de Presença às reuniões, onde constava a presença do Sr. José Caldas. Esta era a prova de que ele fazia parte da Diretoria e por esta razão não poderia ajuizar uma ação na Justiça do Trabalho. Na verdade, só este livro consistiria em prova contrária ao pedido do reclamante.

Ocorre que o no dia da audiência, o secretário estava viajando e solicitou ao Sr. Sílvio Brum que pegasse o Livro de Presença na sua residência. O problema foi que entregaram ao Sílvio o Livro de Atas que não adiantou de nada, porque o juiz precisava na realidade do Livro de Presença às reuniões.

   Tramitando o processo, o clube foi à leilão e o arrematante deu um valor que não liquidava as despesas, portanto embargaram o leilão e foi remarcado para 30 dias.

   No novo leilão, o valor oferecido pelo arrematante deu para pagar as despesas processuais e o restante que o Sr. José Caldas pleiteava pelo seu trabalho no Clube.

   Restou-nos somente o nome limpo, (sem dívidas) alguma mas, infelizmente, ficamos sem o nosso patrimônio.

   Foi muito triste. Houve um desinteresse geral, mas continuamos participando até hoje, sem parar, com nosso Departamento Social e o Departamento de Futebol em franca atividade.

   Porém, com poucas chances de termos um patrimônio como tínhamos antigamente.

   Todavia, a vida continua e quem sabe algo nos espera logo ali adiante.

 
   
 
                         
 
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